SECRETARIA DE CULTURA DE CORURIPE

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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

 


História resumida da emancipação de Alagoas - Parte 2

(CONTINUAÇÃO)

A população seria de 80.000 almas, predominando a escravaria, elemento de trabalho nos campos, nos engenhos e na vida doméstica, ao lado das animarias. Socialmente, “á população das vilas e seus distritos superabunda em honra, verdade e candura”, diz um documento dessa época. Havia, porém, na classe rica, na classe feudal dos latifúndios açucareiros e pastoris, a preocupação do luxo — a ostentação de joias e sedas, quando as senhoras, com o seu séquito de mucamas, se apresentavam em público, nos templos, únicos lugares onde as reuniões eram mais numerosas e frequentes.

Melo e Póvoas foi um administrador esclarecido e prudente. Cuidou seriamente dos interesses da fazenda real, estabelecendo o aparelho da arrecadação dos réditos; fez obras de fortificações e criou corpos de milícias, infantaria e artilharia; abriu estradas para o interior, facilitando as comunicações; construiu um estaleiro de Pajuçara a corveta “Maceió”; levantou a planta da vila em que assentara a sede de seu governo e atendeu, solicito, a todas as necessidades da administração pública.

A vila de Alagoas, porém, enciumara-se, dada a preferência de Póvoas por Maceió; e reclamou os foros de capital que, lhe haviam sido outorgados por decreto de 5 de maio de 1821. Póvoas, recalcitrante, desatendeu — continuaria em Maceió, ponto melhor para uma capital, pela sua proximidade com o porto, excelente ancoradouro, e pela amenidade do clima. E em Maceió permaneceu até a proclamação da constituição das Côrtes Portuguesas, quando passou-se para a vila reclamante da primazia.

Com o advento da nova organização política, cessaram as funções de Melo Póvoas como capitão-general. A administração obedecia a outras formulas, mais liberais. O governo passou para uma junta eleita, de nove membros, e da primeira delas Póvoas foi o presidente.

governo provisional durou até 1832, quando foi nomeado o primeiro presidente da província, D. Nuno Eugenio de Lossio e Seibliz.

 (CONTINUA)

Fonte: historiadealagoas.com.br

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